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De Corona Wiki

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Como todos os vírus, os coronavírus sofrem mutações à medida que se reproduzem. Ao sofrer estas mutações vírus com características diferentes do primeiro acabam surgindo, eles são chamados de Variantes. Algumas dessas mudanças genéticas os tornam melhores em infectar células humanas ou evadir nossas defesas imunológicas.

À medida que surgem variantes mais novas e melhor adaptadas, elas deixam de lado as versões anteriores do vírus.

Até janeiro de 2022 cinco variantes de preocupação chegaram ao Brasil são elas:

  • Alpha (identificada no Reino Unido) – antiga B.1.1.7
  • Beta (África do Sul) – antiga B.1.351
  • Gama (Brasil) – antiga P.1
  • Delta (Índia) – antiga B.1.617.2
  • Ômicron (África do Sul) – B.1.1.529 [1] [2]


Com o aparecimento da variante Delta em 2021, que rapidamente dominou os EUA o The Wall Street Journal apresentada uma matéria sobre Como as mutações moldaram a pandemia de Covid-19 e frustrou os esforços para contê-lo [3]


Ômicrom

A ômicron tem mutações importantes na proteína spike (ou espícula), permitindo que ela escape um pouco da neutralização dos anticorpos que produzimos contra as versões anteriores do vírus, usadas nas vacinas.

“Isso segue o padrão de reprodução de todos os coronavírus. [...] Aos poucos, uma variante vai naturalmente suceder à outra”, diz o professor. Já conhecemos isso para coronavírus humanos e de outros animais.

A própria ômicron original já vem sendo substituída por uma subvariante dela mesma, a BA.2, que os primeiros estudos indicam se transmitir com mais facilidade.

É a velha seleção natural de Darwin em ação, mesmo num agente tão pequeno quanto um vírus: em um determinado momento, a versão vigente é levada à extinção, como aconteceu com a delta e a gama, e aquelas que têm determinadas variações ganham sua vez.

Em relação a vacinação, no caso da ômicron, essas mutações permitem escape apenas aos anticorpos circulantes, que impediriam a infecção. “Até nos ambientes de pesquisa se fala muito em anticorpos, e se esquece que o sistema imunológico tem um componente absolutamente importante que são as células. A ômicron não escapa da imunidade celular, e isso é uma das bases imunológicas para que as vacinas, que são feitas com o sars-cov-2 original, ainda funcionem. [4]


Referências

1 Sanar Saúde. Variantes Covid-19 em circulação no Brasil: confira. Publicado em 14 jan. 2022.


2 MICHELON, C. M. Principais variantes do SARS-CoV-2 notificadas no BrasiL, Revista RBAC, aprovado em: 29/04/2021. DOI: 10.21877/2448-3877.202100961 Disponível em: https://www.rbac.org.br/artigos/principais-variantes-do-sars-cov-2-notificadas-no-brasil/

3 ULICK, J. How Mutations Have Shaped the Covid-19 Pandemic. The wall street journal, 6 jul. 2021. Disponível em: https://www.wsj.com/articles/how-mutations-have-shaped-the-covid-19-pandemic-11624806000?mod=djem10point

4 CAIRES, Luiza. Evolução viral: ômicron escalou o "pico do sucesso", mas pode perder o trono em breve. Jornal da USP, 14 fev. 2022. Disponível em: https://jornal.usp.br/ciencias/evolucao-viral-omicron-escalou-o-pico-do-sucesso-mas-pode-perder-o-trono-em-breve/