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Mudanças entre as edições de "Análise socioeconômica da mortalidade no Brasil"

De Corona Wiki

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A progressão dos casos confirmados da COVID-19 no Brasil tem sido influenciada também pelos
 
fatores socioeconômicos, além da dinâmica de contágio própria de uma epidemia. A taxa de
 
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Dessa forma, esta Nota Técnica tem como objetivo analisar variação da taxa de letalidade
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A progressão dos casos confirmados da COVID-19 no Brasil tem sido influenciada também pelos fatores socioeconômicos, além da dinâmica de contágio própria de uma epidemia. A taxa de letalidade do Brasil é muito elevada, influenciada pelas desigualdades no acesso ao tratamento.
(número total de óbitos dividido pelo total de casos com desfecho, isto é, casos onde o paciente
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teve alta ou veio a óbito) da doença no Brasil considerando variáveis socioeconômicas. Para isso,
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A Nota Técnica 11 do Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (NOIS) [https://drive.google.com/file/d/1tSU7mV4OPnLRFMMY47JIXZgzkklvkydO/view] tem como objetivo analisar variação da taxa de letalidade (número total de óbitos dividido pelo total de casos com desfecho, isto é, casos onde o paciente
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teve alta ou veio a óbito) da doença no Brasil considerando variáveis socioeconômicas. Para isso, foram avaliados os dados das notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
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As análises evidenciaram discrepâncias entre as características reportadas nas notificações de SRAG para a COVID-19 dos pacientes de raça branca para aqueles de raça preta e parda. Verificou-se que a proporção de óbitos em pacientes pretos e pardos foi maior do que a de brancos, mesmo por faixa etária, por nível de escolaridade, e em município de IDHM elevado. As chances de mortes de um paciente preto ou pardo analfabeto (76%) são 3,8 vezes maiores que um paciente branco com nível superior (19,6%), confirmando as enormes disparidades no acesso e qualidade do tratamento no Brasil. [https://drive.google.com/file/d/1tSU7mV4OPnLRFMMY47JIXZgzkklvkydO/view]
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1 Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (NOIS). Nota Técnica 11 – 27/05/2020. Análise socioeconômica da taxa de letalidade da COVID-19 no Brasil. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1tSU7mV4OPnLRFMMY47JIXZgzkklvkydO/view
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[Categoria: Vigilância Epidemiológica]

Edição das 14h05min de 3 de junho de 2020

A progressão dos casos confirmados da COVID-19 no Brasil tem sido influenciada também pelos fatores socioeconômicos, além da dinâmica de contágio própria de uma epidemia. A taxa de letalidade do Brasil é muito elevada, influenciada pelas desigualdades no acesso ao tratamento.


A Nota Técnica 11 do Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (NOIS) [1] tem como objetivo analisar variação da taxa de letalidade (número total de óbitos dividido pelo total de casos com desfecho, isto é, casos onde o paciente teve alta ou veio a óbito) da doença no Brasil considerando variáveis socioeconômicas. Para isso, foram avaliados os dados das notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).


As análises evidenciaram discrepâncias entre as características reportadas nas notificações de SRAG para a COVID-19 dos pacientes de raça branca para aqueles de raça preta e parda. Verificou-se que a proporção de óbitos em pacientes pretos e pardos foi maior do que a de brancos, mesmo por faixa etária, por nível de escolaridade, e em município de IDHM elevado. As chances de mortes de um paciente preto ou pardo analfabeto (76%) são 3,8 vezes maiores que um paciente branco com nível superior (19,6%), confirmando as enormes disparidades no acesso e qualidade do tratamento no Brasil. [2]


Referências

1 Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (NOIS). Nota Técnica 11 – 27/05/2020. Análise socioeconômica da taxa de letalidade da COVID-19 no Brasil. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1tSU7mV4OPnLRFMMY47JIXZgzkklvkydO/view


[Categoria: Vigilância Epidemiológica]