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Mudanças entre as edições de "Diagnóstico"

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Assim, cabem dois imperativos:
 
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1 - O devido seguimento dos casos suspeitos e confirmados,ou seja, qualquer paciente com síndrome gripal considerado como caso leve deve ser  
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1 - O devido seguimento dos casos suspeitos e confirmados,ou seja, qualquer paciente com síndrome gripal considerado como caso leve deve ser reavaliado em 48 horas, como está previsto no protocolo <strong> Fluxo de Manejo Clínico na Atenção Primária à Saúde em Transmissão Comunitária</strong>.
reavaliado em 48 horas, como está previsto no protocolo FLUXO DE MANEJO CLÍNICO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM TRANSMISSÃO COMUNITÁRIA.  
 
  
 
2 -Tentar “traduzir” ao usuário/paciente outros sinais e sintomas que possam exprimir piora no padrão respiratório, tais como:  
 
2 -Tentar “traduzir” ao usuário/paciente outros sinais e sintomas que possam exprimir piora no padrão respiratório, tais como:  

Edição das 18h40min de 17 de abril de 2020


Diagnóstico Clínico

O quadro clínico inicial da doença é caracterizado como síndrome gripal. O diagnóstico depende da investigação clínico-epidemiológica e do exame físico. É recomendável que em todos os casos de síndrome gripal seja questionado o histórico de deslocamento e contato. Essas informações devem ser registradas no prontuário do paciente para eventual investigação epidemiológica.

Diagnóstico Laboratorial

O diagnóstico laboratorial para a identificação do vírus SARS-CoV-2 é realizado por meio das técnicas de RT-PCR em tempo real ou teste rápido sorológico validado pelas instituições de referência.

Diagnóstico Diferencial

As características clínicas não são específicas e podem ser similares àquelas causadas por outros vírus respiratórios, que também ocorrem sob a forma de surtos e, eventualmente, circulam ao mesmo tempo, tais como influenza, parainfluenza, rinovírus, vírus sincicial respiratório, adenovírus, outros coronavírus, entre outros.

Diagnóstico de IVAS

O Ministério da Saúde estabeleceu um fluxo rápido para pacientes com sintomas respiratórios na urgência (inclusive em contexto não-hospitalar): https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/20/2-Etapa-Fluxogramas-COVID-19-SAES-Z.pdf

Autopercepção de Sintomas

O principal sinal de alarme de que um caso suspeito ou confirmado de COVID-19 está piorando é a dispneia, ou também chamada de “falta de ar”. A orientação sobre a percepção desse sintoma é fundamental para uma qualificada estratificação de risco dos casos. No entanto, quando falamos para a população em geral que deve atentar para o surgimento de “falta de ar”, é fundamental entender que, para as pessoas que nunca tiveram dispneia, pode ser difícil compreenderem que estão com piora no padrão respiratório. Pessoas com problemas crônicos pulmonares geralmente têm melhor autopercepção deste sintoma do que a população em geral. Assim, cabem dois imperativos:

1 - O devido seguimento dos casos suspeitos e confirmados,ou seja, qualquer paciente com síndrome gripal considerado como caso leve deve ser reavaliado em 48 horas, como está previsto no protocolo Fluxo de Manejo Clínico na Atenção Primária à Saúde em Transmissão Comunitária.

2 -Tentar “traduzir” ao usuário/paciente outros sinais e sintomas que possam exprimir piora no padrão respiratório, tais como:

* aumento do cansaço 
* cansaço no peito
* aperto no peito
* dor no peito
* dificuldade de deitar sem usar travesseiro, ou seja, só conseguir ficar arqueado ou com a cabeça elevada;
* respiração curta
* dificuldade de “segurar” a respiração
* dificuldade de se locomover de um cômodo para outro
* irritabilidade
* agitação
* unhas arroxeadas
* dificuldade de falar ou ler em voz alta
* taquicardia

Para aquelas unidades ou usuários que puderem dispor de saturímetro ou oxímetro de pulso, é importante utilizar este recurso também para a estratificação de risco na primeira abordagem e durante o acompanhamento.

Lembremos que também deve fazer parte do aconselhamento para os usuários com síndrome gripal que pode acontecer de se sentirem ansiosos. Muitas vezes, estados de ansiedade podem cursar com alguns dos sinais e sintomas listados acima. No entanto, é imperativo que, diante desses sinais e sintomas, o usuário seja orientado a valorizá-los, de modo que procure uma unidade de saúde em caráter de urgência para realizar reavaliação clínica e, só assim, fazer o possível diagnóstico diferencial entre quadros de ansiedade e piora do padrão respiratório. Deve, dessa forma, indicar também qual era sua saturação de O2 quando do primeiro atendimento. Cabe ainda mencionar que é comum que um paciente dispneico curse com sintomas de ansiedade, pela própria natureza da diminuição da função respiratória. Acolhê-lo devidamente, de modo a tentar acalmá-lo, é fundamental.